Texto originalmente escrito por Claudio Silva
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Ciência, do latim Scientia, significa conhecimento e estava associado a investigações racionais, direcionados a busca da verdade, tentando explicar os fenômenos naturais. Durante vários séculos, a discussão sobre o que é ciência povoou os escritos e os debates filosóficos, tentando estabelecer os parâmetros gerais, os procedimentos e os resultados que dela poderiam resultar. Daí surgiu um ramo na filosofia conhecido como Filosofia da Ciência, que busca: • Estudar a natureza das afirmações e das teorias, • O processo de construção do conhecimento científico; • Analisa, pesquisa, prevê, estratifica, classifica e se apropria do objeto de pesquisa; • Desenvolve meio para validação da ciência; • Discute, analisa e desenvolve metodologias científicas que sejam válidas e aplicáveis; • Delineia argumentos e forma de apresentá-los; • Valida métodos. O método racionalista e lógico cartesiano direcionou boa parte das descobertas científicas, pois Descartes em sua obra sobre O Método, elaborou as bases teórico-práticas das pesquisas. O método, segundo Descarte, propiciaria processos de avaliação mediante o conhecimento empírico organizado estruturalmente de forma a elaborar um sistema que abarca resultados e operações que compõem leis gerais, obtidas através de observações e testes. Um uso inadequado da palavra ciência está associado ao sentido de conhecimento, geralmente utilizados por saberes alternativos, que possuem metodologias não-reproduzíveis e parcamente testados, tentando alcançar o respaldo de um saber comprovado e metodológico.
Muitas visões equivocadas de ciência têm sido difundidas em meios não acadêmicos, misturando conceitos e práticas de indução e dedução, como práticas eminentemente científicas, estabelecendo metáforas conceituais e apropriando-se de forma indébita de métodos científicos, desconsiderando as implicações teórico-conceituais que determinam determinados campos da ciência. A visão equivocada de ciência tenta sustentá-la apenas como uma metodologia, sendo que tal que o método científico é apenas uma das prerrogativas no processo de constituição do que é uma ciência. E, isto se dá porque simplesmente inexiste um método que comprove verdadeiramente uma teoria, tampouco também inexiste uma teoria científica que as desaprove. No século XVII, Francis Bacon tentou articular métodos científicos, visando propiciar uma melhoria na vida do homem. No século XX, a escola de Frankfurt e o Círculo de Viena, estaeleceram bases antimetafísicas para a filosofia da ciência, criando o neopositivismo que arregimentou para a filosofia da ciência, uma gama de pensadores que buscaram definir as práticas e o conhecimento científico numa perspectiva epistemológica, buscando sustentação dos seus princípios em concepções filosóficas empíricas. Mas, a sua filosofia conhecida como neopositivista, buscava uma gnoseologia das ciências exatas e baseava-se em propostas como: • O princípio da verificação, • O critério de significância; • Limitação tautológica da matemática e da lógica para explicar o mundo; • Desprezo da metafísica, da ética e da religião; • Análise semântica e sintática do discurso científico, e; • A doutrina da clarificação da linguagem. Moritz Schilick e Rudolf Carnap foram os representantes da corrente neopositivista, liderando o Círculo de Viena e o Wissenschaftliche Weltauffassung (Concepção Científica do Mundo) respectivamente.
Defendiam: a formação de uma ciência unificada, uso de um método lógico que pudesse orientar as práticas científicas, com a eliminação da metafísica do círculo científico e clarificação dos conceitos da matemática. Entenda metafísico, todo e qualquer fenômeno que não é objetivamente observado e que tenha natureza extrafísica. Schilick desenvolveu a idéia de que para haver uma real compreensão de um princípio, é preciso saber como as coisas estão, sendo que a filosofia possibilitaria a clarificação do sentido das afirmações. Carnap defendeu a linguagem fisicalista, como sendo a linguagem universal das ciências, sendo esta um fato físico que tinha três características: intersensualidade, intersubjetividade e universalidade. A isto se chamou: solipsismo criptometafísico, eivado de um desgastado princípio da verificação, mas que possibilitaram o surgimento de outras explicações à cerca do processo epistemológico científico como o pensamento de Percy Bridgman, Gaston Bachelard, Karl Popper, Thomas Kuhn e Imre Lakhatos. Estas escolas defendiam que um conhecimento científico para ter validade precisaria possibilitar ao observador científico, a percepção de fenômenos naturais sob a ótica da teoria, para que tal fenômeno pudesse ser observado e explicado adequadamente, desde que tivesse sido amplamente testado e adequadamente verificado, comprovando-se solidamente as bases teóricas da teoria . O conhecimento científico é um conhecimento comprovado e se torna confiável porque é objetivo e passível de reprodução. Mediante ferramentas e elementos sensoriais, o cientista desenvolve o seu poder de observação, mas amparado em uma teoria e em uma metodologia científica que se torna elementar para a observação dos fenômenos e explicação dos mesmos.
Obviamente, ciência no sentido de conhecimento, qualquer um pode produzir... Mas, quando se fala de ciência confiável, dentro de critérios claros e controlados, é reconhecidamente aceito que a ciência acadêmica é a referencia. Existem dois prismas de observação e análise de raciocínio da ciência. Indução, que é baseado em fatos adquiridos através de observação e a dedução, qe propicia previsões. Ambos os prismas de observação e análise levam a formulação de leis. O indutivismo tem limitações claras. 1. O número de proposições de observação para generalizar uma observação precisa ser muito grande. 2. As observações para serem validadas precisam ser repetidas sob uma gama diversificada de condições. 3. Nenhuma proposição deve conflitar com leis universais derivadas. A lógica dedutiva, não estabelece por si só a verdade, estando relacionada a derivações de afirmações de outras afirmações dadas. O Espiritismo segue o indutivismo no processo de construção de suas leis e teorias, sendo dedutivo no desdobramento e construção do sistema doutrinário. Kardec parte da observação dos fenômenos da dança das mesas para poder tentar explicar um fenômeno. Ele não usou nenhuma metodologia no processo de observação do fenômeno, sendo que a maioria das perguntas obtidas na primeira versão de o Livro dos Espíritos foi obtida de 50 cadernos obtidos dos senhores Tiedman, Sardou e Diedier, que pesquisavam tais práticas a mais tempo. Apenas na segunda versão do Livro dos Espíritos em 1859, foi que Kardec desenvolveu o CUEE, apresentando-o limitadamente a comunidade, em 1864, com o Evangelho Segundo o Espiritismo, o que propiciou o lançamento de O Céu e Inferno, A Gênese e O Livro dos Médiuns.
A base teórica da doutrina espírita que está no Livra dos Espíritos não possui referências ao seu processo de pesquisa, sendo os mesmos descritos na questionável: Obras Póstumas e, nos limitados estudos dos biógrafos de Kardec, que não acompanharam de perto o processo de codificação. No caso, o critério de confiabilidade foi a inquestionável moral do codificador que por via de regra propiciaria marco de verossimilhança para o processo metodológico. No entanto, o marco da autoridade científica para a ciência é questionável, pois todo processo científico possui limitações processuais e via de regra, devem oferecer marcos reprodutíveis em qualquer lugar, a qualquer momento. Algumas das falhas no processo de codificação são: 1. A falta de controle da quantidade de médiuns pesquisados; 2. O período de comunicação com tais médiuns (tempo de envio, tempo de resposta, averiguação da autenticidade das mensagens, feedback e questionamentos recorrentes); 3. Sendo o critério da universalidade, faltam referências confiáveis das instituições e dos países que Kardec se comunicou para obter informações; 4. Metodologia de análise de discursos, estabelecendo critérios reprodutíveis de análise textual; 5. Critério de seleção dos médiuns e dos grupos (pois na época não havia instituições mas, grupos frívolos que assim o pesquisavam) e período de seleção.
Segundo Canuto Abreu em A História Lendária e as Tradições de O Livro dos Espíritos, durante a segunda versão de O Livro dos Espíritos, Kardec passou a trabalhar especificamente com as irmãs Boudet, filhas de Émile Charlie Boudet e Ermance Dufaux. Três médiuns é insuficiente para se estruturar um processo científico, bem como para a elaboração de princípios de generalização, baseados em critérios dedutivos, concluindo-se disto que Kardec desenvolveu o núcleo do pensamento espírita no processo indutivo. Este é em verdade, o chamado “problema da indução”, que remete a “vagueza” e a dubiedade da exigência de um grande número de observações... O quão grande este número deveria ser, em se considerando a mediunidade como uma faculdade orgânica, inerente a todos os seres vivos??? Qual tamanho ideal de amostra seria necessário para se comprovar o princípio da universalidade, proposto por Kardec em o CUEE no ESE??? Isto não fica claro em nenhum escrito do codificador, nem mesmo na RE. Deste questionamento surge a estatística e os estudos de Student, um provável estudante de estatística que desenvolveu uma teoria e uma fórmula para delimitar um número de amostra, mediante uma população, baseada no chamado erro estatístico que varia de 0,001 à 0,05. Bem como, os estudos de Armand Gauss em sua curva normal... Obviamente, na época de Kardec tais parâmetros não existiam, desencadeando nas falhas procedimentais da sua metodologia, que descaracterizam o Espiritismo como ciência dentro destes critérios. No caso então, para a ciência neopositivista, que é o parâmetro de ciência moderno e que delineia todas as práticas ditas científicas, a doutrina espírita foge completamente aos princípios definidos como ciência no que tange a observação e metodologia.
Ciência então, se baseia nos seguintes passos: 1. Conjunto de experiências apercebidas e questionadas; 2. Pesquisa e estabelecimento de princípios que a norteiam, devidamente registrados e amplamente discutidos, de forma que possa ser reproduzível por qualquer comunidade científica; 3. Validação dos elementos comuns com a ciência já vigente; 4. Percepção de fenômenos de igual natureza e validação mediante o corpo teórico explicitado; 5. Desenvolvimento de pesquisas formais com base na metodologia desenvolvida e já experimentada-comprovada, para reforço da nova prática científica; 6. Estruturação de uma comunidade legitimada e reconhecida por outros ramos da ciência, que propicie confrontos teóricos e que não consiga refutar nenhuma das etapas de estruturação do método; 7. Publicação de periódicos e pesquisas devidamente associadas a corrente científica em questão; 8. Realização de Congressos e Simpósios científicos da área em questão, para ampliação do método. Obviamente, estes critérios não são meus... Mas do Círculo de Viena e das Escola de Frankfut, explicados por Chalmers no livro O que é Ciência, Afinal?. Well, tá bom, por enquanto. Espero as refutações do Raphael. Ah!!! E por favor Raphael, com bases em teóricos e não em suas opiniões. Valeu???
Considerações Finais. 21/04/2006 00:16 Critico os passos de uma metodologia científica espírita por quatro motivos: 1 - Considero o Espiritismo uma religião; 2 - Os princípios espíritas, para mim, têm mais importância de serem comprovados no âmbito subjetivo e pessoal; 3 - A proposta de Kardec de confeccionar uma ciência espírita é uma missão do espírita moderno e não de Kardec, e o espírita moderno ao invés de trabalhar para tanto, decide viver em berço esplêndido, sob os louros do que Kardec fez e não se prepara adequadamente; E o último e mais importante: 4 - Os erros de Kardec, para mim, não invalidam as Verdades que o Espiritismo traz a tona, muito pelo contrário, enfatizam o que nós ESPIRITUALISTAS deveremos fazer para nos encaminharmos para a VERDADE. Paz profunda, sincera e fraternal.
Conjunto de experiências apercebidas e questionadas; Creio ser desnecessario expor que foi a principal atividade realizada por Kardec, que acabou descobrindo que havia uma inteligencia por tras das "mesas girantes". 2. Pesquisa e estabelecimento de princípios que a norteiam, devidamente registrados e amplamente discutidos, de forma que possa ser reproduzível por qualquer comunidade científica; Creio ser desnecessario expor que isso foi feito atraves da Revue Spirite bem como atraves das obras da codificacao. 3. Validação dos elementos comuns com a ciência já vigente; Extremamente complicado uma vez que o foco da ciencia espirita esta fora do foco da ciencia atual que é basicamente materialista. 4. Percepção de fenômenos de igual natureza e validação mediante o corpo teórico explicitado; Vide item 2. 5. Desenvolvimento de pesquisas formais com base na metodologia desenvolvida e já experimentada-comprovada, para reforço da nova prática científica; Espiritas preferiram considerar que era uma religiao e nao uma ciencia. Compete a esses espiritas que o consideram religiao trabalhar para que se resgate a ciencia espirita. 6. Estruturação de uma comunidade legitimada e reconhecida por outros ramos da ciência, que propicie confrontos teóricos e que não consiga refutar nenhuma das etapas de estruturação do método; Vide item 3. 7. Publicação de periódicos e pesquisas devidamente associadas a corrente científica em questão; Restricao no item 3 mas possivel de ser realizado. 8. Realização de Congressos e Simpósios científicos da área em questão, para ampliação do método. Perfeitamente possivel desconsiderando a crenca de que é uma religiao.
<Cesar> - 1. Conjunto de experiências apercebidas e questionadas; Creio ser desnecessario expor que foi a principal atividade realizada por Kardec, que acabou descobrindo que havia uma inteligencia por tras das "mesas girantes". De fato, de 1854 às 1856, através do Sr. Cardoni, Kardec o fez... Mas, não existem registros técnicos de como isto foi feito. Apenas relatos coletados na questionável Obras Póstumas. Com isto, o processo histórico de confecção da doutrina fica muito a desejar no âmbito científico. <Cesar> - 2. Pesquisa e estabelecimento de princípios que a norteiam, devidamente registrados e amplamente discutidos, de forma que possa ser reproduzível por qualquer comunidade científica; Creio ser desnecessario expor que isso foi feito atraves da Revue Spirite bem como atraves das obras da codificacao. Well... Vc tem razão. Só que a metodologia em questão não está clara. Kardec define o CUEE como método, mas, muitas vezes ele é obrigado a realizar análises dos discursos dos espíritos e, apenas a referência das Dissertações Mediúnicas em O Livro dos Médiuns, é instrumento incompleto para qualquer passo metodológico. <Cesar> - 3. Validação dos elementos comuns com a ciência já vigente; Extremamente complicado uma vez que o foco da ciencia espirita esta fora do foco da ciencia atual que é basicamente materialista. Exato... Por isto mesmo, se chamarmos o Espiritismo de ciência, só o podemos fazer em vista do século em que ele foi concebido. Kardec produziu ciência, os espíritas modernos não. <Cesar> - 4. Percepção de fenômenos de igual natureza e validação mediante o corpo teórico explicitado; Vide item 2. Isto não está claro na codificação, motivo que é questionado costumeiramente pelas ciências consideradas oficiais.
5. Desenvolvimento de pesquisas formais com base na metodologia desenvolvida e já xperimentada-comprovada, para reforço da nova prática científica; Espiritas preferiram considerar que era uma religiao e nao uma ciencia. Compete a esses espiritas que o consideram religiao trabalhar para que se resgate a ciencia espirita. Ok... Mas, lembro-lhe... Uma doutrina não é somente seu escopo teórico, mas aquilo que seus adeptos fazem, logo, não há como descartar o forte aspecto religioso ainda hoje vigente, e a nulidade de experimentos que constituam uma ciência espírita. <Cesar> - 6. Estruturação de uma comunidade legitimada e reconhecida por outros ramos da ciência, que propicie confrontos teóricos e que não consiga refutar nenhuma das etapas de estruturação do método; Vide item 3 Não existe... <Cesar> - 7. Publicação de periódicos e pesquisas devidamente associadas a corrente científica em questão; Restricao no item 3 mas possivel de ser realizado. Concordo... <Cesar> - 8. Realização de Congressos e Simpósios científicos da área em questão, para ampliação do método. Perfeitamente possivel desconsiderando a crenca de que é uma religiao. Ok... Cesar, você tem muito bom senso, fico feliz em trocar idéias contigo
Insofismável reconhecer que a tentativa de Kardec em consagrar o espiritismo como ciência não logrou intento, segundo as máximas do processo científico. Todavia, meu caro, não é porque o trabalho do codificador solitário não preencheu os requisitos para consagrar-se com selo inquestionável de ciência que ele deixa der ser cientificável. Quando elaborou o CUEE, em verdade, incumbiu uma sugestão aos espíritas do futuro. Diretriz esta que não pode ser e não é imprescindível ao desiderato. Pensando assim, entramos no subjetivismo, uma vez que para muitos o espiritismo é considerado ciência por toda obra já realizada nos processos medianímicos, pra outros não, por entenderem inexistir trabalho reconhecido como marco inicial de sua natureza científica. Em outras palavras, por não conceber o espiritismo como ciência, estaria você afirmando que ele não é cientificável, assumindo assim uma postura formalista em razão da ausência de marco?
<André> - Insofismável reconhecer que a tentativa de Kardec em consagrar o espiritismo como ciência não logrou intento, segundo as máximas do processo científico. Todavia, meu caro, não é porque o trabalho do codificador solitário não preencheu os requisitos para consagrar-se com selo inquestionável de ciência que ele deixa der ser cientificável. Como eu gostaria que o Raphael lesse isto... Eu gostaria de saber aonde eu disse que os princípios espíritas não são passíveis a pesquisa científica... No máximo o que eu disse foi que, em decorrências das limitações metodológicas, os princípios se configuram como dogmas, porque o espírita não SABE e nem QUER pesquisar adequadamente. Então... As minhas críticas são justamente para apontar falhas e, ciente delas, prosseguir para praticar uma "ciência espírita", que via de regra, só existiu com Kardec... Aliás... Espírita, mesmo?!?!?!?! Só ele. <Thiago> - Quando elaborou o CUEE, em verdade, incumbiu uma sugestão aos espíritas do futuro. Diretriz esta que não pode ser e não é imprescindível ao desiderato. Divirjo... Sem ela, não há espiritismo... Há o que há hoje... Um Sistema religioso e não religião, que é algo mais sublime. <Raphael> - Pensando assim, entramos no subjetivismo, uma vez que para muitos o espiritismo é considerado ciência por toda obra já realizada nos processos medianímicos, pra outros não, por entenderem inexistir trabalho reconhecido como marco inicial de sua natureza científica. Well... Este subjetivismo se dá por desconhecimento do que é ciência e como está processualizada... Ciente do que é ciência e de sua regulamentação, o subjetivismo, abundante no MEB, cai por terra. <Thiago> - Em outras palavras, por não conceber o espiritismo como ciência, estaria você afirmando que ele não é cientificável, assumindo assim uma postura formalista em razão da ausência de marco? Você o diz que eu o disse... Não eu.
Outra coisa... Os princípios espíritas não são propriedades do espiritismo... São universais. Isto significa, que se algum pesquisador pesquisa um destes princípios não significa nem que ele está pesquisando o espiritismo, nem que está fazendo "ciência espírita". Apenas, que ele está pesquisando
A indagação de meu topico supra visou tão-somente, inquirir seu posicionamento, caro amigo. Concordo com você em grande parte. Mas vejamos... Montesquieu ao desenvolver o princípio constitucional da tripartição de Poderes, adotado hoje por todas as Nações desenvolvidas e em desenvolvimento, estabeleceu modelo de controle de Poder até a contemporanedade eleito o melhor. Todavia, se pegarmos o trabalho científico daquele eminente filósofo-político veremos muitos contrastes entre sua teoria e a aplicabilidade dada a ela nos dias atuais. Quer dizer, houve um aperfeiçoamento do que fora idealizado. Como as sociedades e o pensamento são altamente mutáveis tendo em vistas o progresso chegará momento em que a tese tripartite, diluída em razão de profundas modificações no sistema político das nações, ganhará nova natureza. É assim que tudo na vida se dá em etapas. Deste mesmo modo, o CUEE não é requisito indispensável a concessão do status de ciência ao espiritismo. Com certeza ele é o ponto de partida, porém acredito que não será o de chegada. Para reconhecer ciência na doutrina, mister faz-se provar o invisível. E neste caminho, a única ferramente ostensiva é a mediunidade. Neste momento, oportuno indagar o que no espiritismo é cientificável? Ora, o que o espiritismo busca explicar cientificamente é tudo o que a parapsicologia busca compreender também, todavia embasado em uma causa diferente: o espírito. Deste modo, provando-se que a fonte do vulgarizado "paranormal" não há nada de espetacular, mas sim uma consequencia natural da comunicação com o mundo dos espíritos e que através dessa interligação advém o esclarecimento de diversos fenômenos do psiquismo humano, tanto anímico (telecinesia, telepatia, clarividência etc) quanto medianímico (inspiração, intuição etc). Deste modo, entendo a comprovação da existência do mundo espiritual elemento indispensável a dar chancela de ciência ao espiritismo ao mesmo tempo que desta certificação demonstrar-se a justificação de determinados fenômenos como os supracitados.
Todavia, esbarramos em grande problema: o mérito individual. Princípio moral tão defendido pelos espíritos superiores. Se a comprovação do mundo intangível for conquista particular a doutrina passa a ser impossibilitada de ser cientificável uma vez que a comprovação pressupõe eloquência perante terceiros, onde estes podem não estar no mesmo nível de ascensoramento que o teórico ou teóricos. Neste contexto, o espiritismo será sempre uma religião tentando ser ciência para todos aqueles que não conseguiram ser convencidos.
<André> - Montesquieu ao desenvolver o princípio constitucional da tripartição de Poderes, adotado hoje por todas as Nações desenvolvidas e em desenvolvimento, estabeleceu modelo de controle de Poder até a contemporanedade eleito o melhor. Todavia, se pegarmos o trabalho científico daquele eminente filósofo-político veremos muitos contrastes entre sua teoria e a aplicabilidade dada a ela nos dias atuais. Quer dizer, houve um aperfeiçoamento do que fora idealizado. Como as sociedades e o pensamento são altamente mutáveis tendo em vistas o progresso ... Ok... Mas Montesquieu se refere a um campo filosófico e não científico... Bem diferente. <André> - Deste mesmo modo, o CUEE não é requisito indispensável a concessão do status de ciência ao espiritismo... De fato... Só que existem outros critérios definidos ao longo do que citei até então. Concordo contigo e seu último post... O espirtismo sempre foi e será uma religião e não sistema religioso... Muito mais bonito
Só esclarecendo: Montesquieu em sua célebre teoria desenvolveu ciência política um dos corolários da ciência humana assim como o direito, a sociologia e a própria filosofia.
Prosseguindo na conversa. <Aleph> Desconheço trabalhos espíritas que estejam baseados em Thomas Kun, Popper e Lakatos... Alguns links onde vc pode encontrar algo: http://www.geae.inf.br/index.html http://www.espirito.org.br/portal/artigos/index.html <Aleph> Da mesma forma... A sociologia tem este aspecto... A filosofia hoje já fala de uma filosofia clínica... Qto a Filosofia Clinica é possivel admitir que ela tem um carater experimental, mas isso seria extensivo a todo o campo da Filosofia? E em relaçao a Sociologia, em que medida voce percebe esse carater experimental? <Aleph> Sim e não. Inferior não seria o termo, mas, tradicional. As ciências clássicas são tradicionais. Mas ao se falar de Ciencia no MEB a referencia não seria sempre essas "Ciencias Tradicionais"? <Aleph> Primeiro sobre as questões das práticas clínicas, em específico psicológicas. Os artigos que postei o link por aqui, são exemplos claros disto. Em que vc baseia essa informação? Aqui mesmo, nas comunidades virtuais sobre espiritismo, já vi algumas referencias a textos produzidos na academia, como por exemplo, o de Lewgoy ou o da Stoll.
Bom, quem insite em dizer que espiritismó é ciência ou que "caminho lado a lado" com a ciência é porque não conhece o que é ciência. Talvez fosse mais recomendável entender o que é ciência primeiro, para depois ler a séria de afirmações sem comprovação cientifica dos livros espírittas.
"Compete a esses espiritas que o consideram religiao trabalhar para que se resgate a ciencia espirita." Compete àqueles que dizem ser o espiritismo ciência comprovar seu objeto de estudo. Onde já se viu uma "ciência" que não tem seu objeto de estudo comprovado?
"Mas, não existem registros técnicos de como isto foi feito. Apenas relatos coletados na questionável Obras Póstumas." E diga-se de passagem que relatos não tem valor cientifico nenhum. É completamente
"Extremamente complicado uma vez que o foco da ciencia espirita esta fora do foco da ciencia atual que é basicamente materialista." A ciência é naturalista. O espiritismo é "sobre-naturalista" por isso que não se "enquadra" no método cientifico. - Alguns links onde vc pode encontrar algo: http://www.geae.inf.br/index.html http://www.espirito.org.br/portal/artigos/index.html Já conheço o GEAE, inclusive desde 94 faço parte, inclusive fornecendo até trabalhos para eles... Veja lá a biografia sobre Madame Boudet... Foi um trabalho meu. Lá não tem trabalhos acadêmicos dentro do paradigma espírita que verse siga a teoria de ciência de Lakatos e cia. <Caliljr> - Qto a Filosofia Clinica é possivel admitir que ela tem um carater experimental, mas isso seria extensivo a todo o campo da Filosofia? E em relaçao a Sociologia, em que medida voce percebe esse carater experimental? Obviamente não... Por isto, a filosofia é filosofia e não ciência. A Sociologia é experimental, seja na concepção de Comte, seja na sua formalização com o método de Durkheim. <Caliljr> - Mas ao se falar de Ciencia no MEB a referencia não seria sempre essas "Ciencias Tradicionais"? Daí o erro... As ciências tradicionais são materialistas e neopositivistas. <Caliljr> - Em que vc baseia essa informação? Diagmos, inicialmente naqueles artigos... <Caliljr> - Aqui mesmo, nas comunidades virtuais sobre espiritismo, já vi algumas referencias a textos produzidos na academia, como por exemplo, o de Lewgoy ou o da Stoll. Que não seguem metodologia espírita... Seguem a metodologia científica tradicional, estudando o espiritismo... Completamente diferente.
Só passei aqui para dizer que reformei em grande parte minha opinião de idos tempos para entender que o ESPIRITISMO, da forma que foi desenvolvido por Kardec, é científico e explica de maneira mais concludente e parcimoniosa uma diversidade de fenômenos que as ciências acadêmicas e as peseudociências como a parapsicologia ou metapsíquica poderiam explicar. Agradeço, em grande parte ao estudo espírita avançado da universidade de Campinas - UNICAMP e da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Agradeço também ao criador do site "Existem espíritos?" e as pesquisas do Dr. Stevenson e Andrade que, de maneira substancial, reforçaram o conteúdo científico bem como Lord ADARE; Hernani Guimarães ANDRADE; Alexander AKSAKOF; Carlos ALVARADO; John Logie BAIRD; Arthur BALFOUR; Gerald BALFOUR; William BARRETT; John BELOFF; Henri BERGONS; Theodore BESTERMAN; Malcolm BIRD; Frederick Bligh BOND; Philippe BOTTAZZI; Robert BOURSNELL; Ernesto BOZZANO; Stanley de BRATH; Stephen BRAUDE; David BREWSTER; C. D. BROAD; William BROWN; Hereward CARRINGTON; Robert CHAMBERS; E. W. COX; W. J. CRAWFORD; William CROOKES; E. R. DODDS; Arthur Conan DOYLE; Hans DRIESCH; Thomas Alva EDISON; John ELLIOTSON; Arthur ELLISON; Arthur FINDLAY; Camille FLAMMARION; Theodor FLOURNOY; Nandor FODOR; David FONTANA; Hamlin GARLAND; Count Agenor de GASPARIN; Gustave GELEY; Paul GIBIER; W. E. GLADSTONE; Edmund GURNEY; Glen HAMILTON; Muriel HANKEY; Erlendur HARALDSSON; Robert HARE; Hornell HART; Baron Lazarus de Paczolay HELLENBACH; George Henslow; Richard HODGSON; James HYSLOP; William JAMES; Lawrence JONES; Allan KARDEC; Montague KEEN; Justine KERNER; Andrew LANG; Oliver LODGE; Cesare LOMBROSO; Florence MARRYAT; Joseph MAXWELL; William McDOUGALL; James Hewatt McKENZIE; T. W. MITCHELL; Augustus de MORGAN; Robert MORRIS; Enrico MORESLLI; C. W. K. MUNDLE; Gardner MURPHY; Gilbert MURRAY;
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"...explica de maneira mais concludente e parcimoniosa uma diversidade de fenômenos que as ciências acadêmicas e as peseudociências como a parapsicologia ou metapsíquica poderiam explicar." Espiritismo é tão pseudo-ciencia quanto a parapsicologia! Qual a próxima ´piada que você vai contar para a gente continuar rindo?
É engraçado você afirmar que o espiritismo é ciência sem que seu objeto de estudo tenha sido comprovado cientificamente. Entende? Por isso que acho graça.
Nesse caso teremos que rever o conceito de Física, pois seu setor de análise quantica também trabalha com conceitos e objetos não comprovados de fato.
Estão aí as particulas taquions e os neutrinos para provarem isso...
Do Aleph eu já esperava o sarcasmo. Mas de você, em outro tópico, que afirmou levar um raciocínio a sério, não. Deixa pra lá... André... Apenas brinquei... <André> - Lamento você continuar rindo. Ainda bem que é minoritária a opinião de vocês, haja vista neste tópico mesmo. Aliás, não digo só a opinião, mas principalmente a conduta de lançar uma conclusão sem ao menos ter estudado. N leve tão a sério. A capacidade de rir de si mesmo é fabulosa. E... Desculpe.. Estudei e muito. Agora, se vc aceita ou não... São outros quinhentos. Comece lendo o que escrevi no início e depois, fala de mim, ok?
Quer dizer que riram de si próprios . Ok, então! Gostaria de saber que provas anda requerendo, Isadora? Ab initio, você sabe a diferença do meio de validação teórico entre as ciências acadêmicas humanas e exatas? O método de estudo do espiritismo e seu conteúdo como ciência, minha cara, foi comprovado, acontece que tem a) aqueles que concordam, b) os que, por filosofia, não concordam (mais aí renegam diversas espécies de teorias que para a comunidade já popularizaram-se. Inclsuive a teoria atômica-molecular. São os instrumentalistas); c) os que não concordam por falta de conhecimento tanto das "regras" do método científico quanto dos próprios postulados da doutrina espírita e; d) os que concordam por não aprofundarem o conhecimento, porém mantêm em si aquele sentimento inato de adoração.